Grama natural é segurança e saúde física de atletas
A cobertura do solo em que andamos, brincamos ou realizamos práticas esportivas é uma escolha que podemos fazer para sermos mais saudáveis.
Estudo publicado recentemente no American Journal of Sports Medicine demonstrou que os jogadores de futebol da NCAA da 2ª e 3ª Divisão apresentavam 63% mais chances de sofrer lesões no ligamento cruzado anterior (LCA) e, jogadores de futebol da 1ª Divisão da NCAA tinham quase 3 vezes mais chances de sofrer lesão no ligamento cruzado posterior (PCL) quando os jogos ocorriam em gramados sintéticos, do que quando realizado em uma grama natural.
Pesquisas recentes publicadas pelo mesmo Jornal demonstram que entre os anos de 2012 e 2016 as chances de ocorrem lesões corporais entre os atletas de elite da NFL foi 16% maior em gramados sintéticos do que na grama natural. Se todos os jogos da NFL realizados em gramado sintético ocorressem em gramados naturais durante o período do estudo, 319 menos lesões corporais seriam esperadas entre os atletas.
Por quê?
Pesquisas anteriores mostraram que as chuteiras de futebol interagem de maneira diferente na grama sintética e natural. Os grampos criam divots com maior facilidade (um buraco no campo devido à força) na grama natural do que no gramado sintético, nessas condições, menos força é colocada no corpo, o que pode ajudar a evitar lesões.
Estudos da liga nacional de futebol americano (NFL)
Este estudo analisou 1.280 jogos da temporada regular da NFL disputados entre 2012 a 2016, dos quais 555 ocorreram em grama sintética e 725 em grama natural.
Os pesquisadores examinaram as taxas de lesões relacionadas por contato e lesões sem contato, sendo que, as lesões sem contato têm maior probabilidade de estar relacionadas à superfície de jogo.
As taxas de incidência (TIR) foram calculadas para determinar a quantidade exata de exposição a lesões que os jogadores podem ter em cada jogo.
Jogar em grama sintética gera mais lesões
Jogos realizados em gramados sintéticos proporcionaram 16% a mais de lesões corporais nos atletas do que em grama natural. Isso incluiu lesões por contato e sem contato que resultaram em jogadores afastados por tempo indeterminado de competições importantes.
EStudos da NCAA:
Considerando um total de 3.009.205 exposições de atletas, 2.460 lesões no joelho foram relatadas no futebol da NCAA da 1ª, 2ª e 3ª Divisão entre 2004 a 2014.
As taxas de lesão do ligamento cruzado posterior (LCP) foram significativamente maiores no gramado artificial do que na grama natural durante o jogo.
Especificamente, lesões em LCP em todas as divisões ocorreram 2,94 vezes mais em grama artificial do que aquelas que jogaram em grama natural.
No futebol das 2ª e 3ª divisões, as lesões por LCP ocorreram 3,13 vezes mais em grama artificial do que em grama natural e lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) ocorreram 1,63 vezes mais em grama artificial do que em grama natural.